A virgem


A ilustre presidente do tão "conceituado" Clube das Virgens fez uma produção "ousada" para uma revista do social (Vidas - Correio da Manhã).

Ora bem. Na minha humilde opinião, tendo em conta esta última notícia, o facto de já ter estado com ela pessoalmente e uma análise ao Hi5 da respectiva, tenho as minhas sérias dúvidas em relação à integridade do hímen desta senhora. Não tenho absolutamente nada contra, atenção! Mas, e aproveitando para citar esse grande poeta de nome Quim Barreiros, cheira-me que por aquele "pipi" já passou "popó".

Os VIPs que nos atormentam

Irrita-me a atenção diária que alguns meios de comunicação dão aos VIP portugueses. A tão afávelmente intitulada "imprensa cor-de-rosa" é algo que, muito sinceramente, me deixa "vermelho" de raiva e "verde" das náuseas que me provoca.




As minhas razões são simples:

Em primeiro lugar está a definição de VIP. Very Importante Person. No dia em que a Cláudia Jacques, Filipa de Castro, Tozé, Liliana Aguiar, Nereida e outros que mais forem alguém "important" e que tenham conquistado algo por mérito próprio ou que tenham feito algo realmente útil e que os destaque avisem-me. Até porque trabalho 10 horas por dia para receber num mês o que eles recebem em duas horas de presença numa festa qualquer.

Depois está a substituição gradual do termo Jet7 pelo termo VIP. Se, há uns anos atrás, tínhamos a classe do Jet7 (Bettencourts, Athaydes, Carmos e outros apelidos pomposos), descendentes de famílias com ligações a isto e àquilo, agora temos VIPs, pessoas que não fazem nenhum, que se comem uns aos outros, andam em festas à borla e a quem o "poveco" acha um piadão. Não se percebe.

E isto das festa à borla leva-me ao meu terceiro ponto. O "poveco", que vai para a discoteca X ou para o bar Y pagar 10 ou 20 euros porque a personagem Z vai lá estar presente, não percebe que os 20 euros que lá gasta são precisamente para que a tão ilustre personagem Z possa comer e beber à vontade e no final da noite ainda receba cachet.

É que lá fora, noutro local que não este paízeco de cunhas e favores, esses tal VIPs são pessoas que se destacam por terem uma profissão mais ou menos mediática. Por cá, basta ser-se relações públicas de uma discoteca, aparecer em muitas festas, divorciar-se de um jogador da bola ou algo do género. Uma vez apanhado o comboio é só disfrutar da viagem.

Este ano rendi-me

Quem gosta de futebol virtual sabe do que estou a falar:

Actualização

Ora bem, faz cerca de dois ou três meses que não actualizo isto... Este post é para calar as críticas. Pronto, está actualizado.

Curioso....

Já alguém reparou que há indíviduos de cor negra em tudo o que é desporto menos no ciclismo?

50 coisas a fazer antes de morrer (porque a vida tem que ser uma aventura)

  1. Ver uma telenovela do primeiro ao último episódio.
  2. Tocar às campainhas de um prédio e perguntar se foi dali que chamaram uma menina,
  3. Dar um "pum" perto do Presidente da República.
  4. Fumar um charro numa igreja enquanto o padre celebra a missa e gritar bem alto: "Hoje é o meu dia sagrado, seus pulhas!".
  5. Engatar uma modelo e depois dar-lhe com os pés.
  6. Ser realmente amigo de um porteiro de discoteca.
  7. Lutar na lama com a Soraia Chaves.
  8. Fingir-se de cego e apalpar todas as miúdas giras que puder.
  9. Dar uma chapada a um arrumador e roubar-lhe as moedas.
  10. Tirar a faca a um assaltante e falar-lhe de Deus.
  11. Ir a um rodízio comer, vomitar, comer, vomitar...
  12. Ensinar judo a um chimpanzé e depois dar-lhe uma tareia.
  13. Ir jantar a casa dos pais da namorada, dar uma valente arroto no final e dizer que não estava mau, mas que já tinha comido melhor.
  14. Dar um soco no chefe.
  15. Apostar todo o dinheiro num número de uma roleta (atenção, esta deve ser a última coisa a fazer antes de morrer).
  16. Interromper uma entrevista do Santana Lopes.
  17. Ser realmente bom em alguma coisa, nem que seja no cuspo à distância.
  18. Ir para a porta do cinema e contar o fim do filme a toda a gente que está a entrar.
  19. Ser árbitro de futebol e chamar nomes aos jogadores.
  20. Satisfazer-se manualmente numa cabina de voto.
  21. Passear na Zona J com uma tshirt que à frente diz "Odeio pretos!", e atrás "Sim, sou racista, há problemas?".
  22. Ir a um clube de vídeo e misturar os filmes todos.
  23. Infiltrar-se num casamento e gritar bem alto que o noivo é irmão da noiva.
  24. Cortar o cabelo à Paulo Bento.
  25. Usar óculos só para ter um look intelectual.
  26. Atravessar um shopping em passo lento, completamente nu, num domingo à tarde.
  27. Deixar crescer as unhas dos pés até calçarmos dois números acima do nosso.
  28. Ir a uma pastelaria, comer uns dez bolos, não pagar e gritar que encontrou cabelos em todos eles.
  29. Ir à sopa dos pobres e despejar dois quilos de sal na panela.
  30. Aparecer no jantar de antigos amigos do liceu vestido de sem-abrigo.
  31. Comprar um cão, pôr-lhe o nome de Grande Cabrão e, quando o chamar, contar o número de pessoas que olha para si.
  32. Namorar ao mesmo tempo duas melhores amigas.
  33. Namorar ao mesmo tempo duas gémeas.
  34. Namorar ao mesmo tempo avó, mãe e filha (considerando obviamente que a avó tenha o aspecto da Vera Fischer).
  35. Andar à pancada com um mitra (deixe esta para o final, mesmo antes da aposta na roleta. Só para prevenir).
  36. Cometer um pequeno delito, passar a noite na prisão e depois contar aos amigos.
  37. Juntar todas as namoradas numa grande orgia e depois atribuir prémios.
  38. Ver um filme português até ao fim.
  39. Ver um filme pornográfico até ao fim.
  40. Ir para o meio da rua no dia 25 de Abril, com um megafone, cantar "Oh tempo, volta pa’trás".
  41. Subornar alguém.
  42. Subir a um andaime e passar uma tarde a mandar piropos foleiros (obrigatório começar a frase com "Oh boa!")
  43. Aprender a falar a língua do Uzbequistão.
  44. Ir a Meca, levar uma foto do Cristo-Rei, mostrá-la a toda a gente e dizer que era giro construir um igual junto à mesquita.
  45. Grafitar "Jesus Cristo é o Senhor" no muro das lamentações.
  46. Engatar uma Uzbequistanesa à custa dos dotes linguísticos.
  47. Vestir uma camisola do FCP à estátua do Eusébio.
  48. Fazer o caminho entre a Sé e as Antas a pé, às 4 da manhã, sem ser assaltado.... repetir o número de vez necessárias até conseguir.
  49. Andar na rua com os boxers por fora das calças.
  50. Assisitr às "Escolhas de Marcelo".

Comparação entre VIPalhada e Prostituição (sem ofensa)


Dou por mim a pensar na comparação que poderá ser estabelecida entre a presença da VIPalhada em festas e o acto de prostituir (sem ofensa).

Senão ora vejamos... Ambas as profiss... Ambos os casos, digamos assim, consistem na presença num determinado local que pode, ou não, agradar, com pessoas que podem, ou não, agradar, para a execução de um serviço que será compensado monetariamente no final, serviço esse que obriga o/a executante a estar com a cabeça noutro local de modo a que o seu desempenho não seja afectado pelas terríveis coisas que lhe vão passando pela cabeça.

Seja um/a profissional do sexo a fingir um orgasmo, ou um VIP a sorrir e a dançar como se aquela fosse a melhor festa do mundo, em ambos os casos, quanto melhor a taxa de alcoolémia, melhor o desempenho e a entrega ao serviço.

Pelo menos é o que eu penso...

Bibá Pitta


Dou por mim a pensar... Como é que se baptiza alguém cujo nome é Bibá Pitta?

Padre - Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo, eu te baptizo Bibá Pitta
Convidados - Biba!

O dente do siso


Estou a imaginar o Criador, sentado na sua poltrona de pele, a afagar um gato com a mão direita e a coçar o queixo com a esquerda. "Vou criar o Homem", pensou. Levantou-se, pousou o gato no chão, ajeitou as cuecas e ergueu as mãos. Fechou os olhos, um clarão e pronto. Homem criado.

Mas faltava algo. "O que?", pensou o Criador, preocupado com a possível banalidade da sua obra. "Já sei! Aos dentes que este ser tem na boca, vou juntar mais 4, que não servem para absolutamente nada a não ser criar dores insuportáveis na boca por volta dos 20 anos e que terão de ser removidos um profissional de medicina dentária."

Deus quer, a obra nasce.

Globos de Ouro


Foi com grande rejubilo que sintonizei o meu aparelho de recepção de imagem na SIC, no passado Domingo, para assistir à Gala dos Globos de Ouro. Foi com um rejubilo ainda maior que mudei de canal passados 5 minutos.

Aproveito para expressar aqui o meu desagrado relativo ao facto da qualidade da gala estar muito distante da qualidade do peito da Bárbara Guimarães. Não é justo, nem para o espectador, nem para a Bárbara.

Claramente num formato de pseudo-óscares, a Gala dos Globos de Ouro é apenas mais um exemplo da "povice" portugalesca a que os nossos VIPs já nos habituaram.

Apesar de tudo, o gesto do Nuno Lopes para com o António Feio é de salientar pela positiva. Os meus parabéns a este grande gesto deste grande actor.

A Gabi - Parte II

Já ninguém se lembra da Gabi.

Candidatas à Playboy


Pelos melhores, piores ou mais estranhos motivos, deixo aqui uma lista de personalidades que dariam uma óptima capa da Playboy.

1. Lili Caneças (óbvio)
2. Lady Betty
3. Maya (esta até já inchou os pulmões, mas tá complicado)
4. Carolina Salgado (seria interessante vê-la nua sem algo a entrar e a sair da boca)
5. Odete Santos
6. Júlia Pinheiro (ahaha)
7. Simara
8. Leonor Pinhão
9. Paula Bobone (mantendo a etiqueta de mamas ao léu)
10. Manuela Moura Guedes

A gripe suína


Agora anda na moda a gripe suína. Já ninguém liga à doença das vacas loucas, à gripe das aves... Chego à conclusão de que neste mundo, as doenças, tal como tudo o resto, são de modas. A maleita de que agora se fala muito daqui a uns meses está démodé, e é substituída por uma muito mais moderna e com toda uma nova e actualizada panóplia de consequências para a saúde mundial.

Independentemente da gravidade ou não da(s) situação(ões), esta palhaçada que se gera em volta do assunto é um facto mais do que significativo da necessidade do ser humano em ter constantemente algo com que se preocupar. Na minha humilde opinião, existe aqui um trabalho árduo em esquecer e passar para segundo plano aquilo que realmente deveria ser o foco das nossas atenções mas que, por ser "chato" de lidar, nos faz criar outros problemas numa de "epá, não me vou preocupar com isso porque agora tenho este problema para tratar". A fome, a SIDA, a pobreza, a guerra são assuntos demasiados complicados e "chatos" para os quais "temos tempo".

A Gabi


A Gabi é fixe. A Gabi namorou com o Cristiano Ronaldo... durante uma semana. A Gabi disse que o conheceu numa noite, ele tentou beijá-la e ela não deixou. A Gabi disse que ele insistiu e no dia seguinte beijou-a. A Gabi disse que "foi difícil", mas tinha sido conquistada. A Gabi posou para a FHM Portugal. A Gabi disse para a FHM Portugal que o Cristiano Ronaldo gosta de ser dominado na cama. A Gabi disse para a FHM Portugal que não gosta de falar sobre a sua vida sexual. A Gabi é um espectáculo.

A tosse e as igrejas

Venho por este meio alertar os caros leitores para o perigo que é para a saúde entrar numa igreja!

Mas como é que é possível alguém afirmar tal coisa?, pergunta o leitor curioso enquanto coça a orelha com a mão direita e solta um "hmm" sugestivo de dúvida. A resposta é muito simples e pode ser constatada por qualquer um de vós, meus caros amigos dúbios da minha opinião enquanto blogger. Entrem numa igreja no decorrer de uma missa e reparem na quantidade de gente que tosse. É impressionante. Nós próprios, quando nos encontramos lá dentro, soltamos um ou outro "cof cof" mais aguerrido e pleno de catarro. Coisa do além? Coisa do foro científico? Meus caros, com coisas destas eu é que não me meto.

A Selecção de todos "nóis"

28 de Março de 2009, 20h30m, Estádio do Dragão cheio, 50 mil pessoas afinam as vozes e entoam o Hino Nacional. Há sorrisos nas caras, abraços, gargalhadas e palavras de quem sente a alma cem por cento preenchida de esperança. Cada palavra é dita com orgulho, com vontade, até mesmo com alguma raiva de quem tinha a vaguear pelos pensamentos "espetamos 2 ou 3 a estes marmanjos que andam a gozar connosco e lá vamos nós ao mundial". A Portuguesa termina com um "contra os canhões marchar, marchar" gritado a plenos pulmões. O árbitro dá início à partida.

28 de Março de 2009, 22h18m, Estádio do Dragão não tão cheio, soltam-se insultos, assobios, palavras de desagrado e plenas de "razão". "Eu logo vi que isto ia acabar assim", pensamento geral. A selecção nacional voltou a desiludir, Carlos Queiróz voltou a não surpreender, Ronaldo voltou a mandar bitaites a dizer que é o melhor do mundo e depois não jogou a ponta dum caneco. E pronto lá, vamos nós ver o Mundial pela televisão.

Na verdade isto até nem me preocupa muito.. Mas porque não?, estará agora a pensar o caríssimo leitor que não tem nada para fazer e anda por aqui a ler parvoíces. Por uma única e simples razão, plena de lógica. Aquilo na África do Sul está mau para os portugueses. Da maneira que isto está, o mais provável era matarem meia selecção nacional num espaço de duas semanas de Mundial. Digo meia porque a outra meia não é portuguesa (sim, porque até lá ainda vamos naturalizar o Liedson, o Paulo Assunção e há-de aparecer mais algum).

Já viram o que era ficarmos com uma selecção só de estrangeiros? Era no mínimo saltarmos 2 ou 3 anos em relação ao desenvolvimento natural da coisa. E como prezo muito a minha selecção quero aproveitar estes 2 ou 3 anos em que temos lá portugueses a jogar.

Porque é que nós, portugueses, somos únicos? Eis 45 razões

1 - Porque temos pessoas que dizem "salchicha"
2 - Porque temos mais brasileiros que portugueses a jogar cá futebol
3 - Porque queremos ainda mais brasileiros a jogar cá futebol
4 - Porque temos a Lili Caneças
5 - Porque temos o Sócrates
6 - Porque gostamos de telenovelas
7 - Porque estamos dispostos a gastar 50€ para ir ao futebol mas queixamo-nos que 30€ no dentista é dinheiro mal gasto
8 - Porque grande parte da população acima dos 60 anos não tem um ou mais dentes
9 - Porque temos a Lili Caneças
10 - Porque temos vips que vivem à custa de presenças em festas sendo pagos por isso, tendo regalias na noite, bebendo à pála, aparecendo em revistas e recebendo brindes
11 - Porque nos queixamos das condições dos voos low-cost
12 - Porque vamos todos para o Algarve em Agosto
13 - Porque mudámos o nome Algarve para Allgarve, para "atrair turistas"
14 - Porque aos domingos tiramos o carro da garagem para passear com a esposa, filho, filha, sogros e um primo que veio passar o fim-de-semana lá a casa
15 - Porque o itinerário desses passeios inclui obrigatoriamente um shopping
16 - Porque compramos tudo às prestações
17 - Porque não temos dinheiro para pagar as prestações
18 - Porque temos putos a bater em professores
19 - Porque temos professores que fazem sexo com putos e depois vão presos
20 - Porque temos o caso Casa Pia
21 - Porque temos o Apito Dourado
22 - Porque temos o Castelo Branco
23 - Porque achamos piada ao Castelo Branco
24 - Porque nos apetece bater no Castelo Branco
25 - Porque não sabemos bem o que é o Castelo Branco
26 - Porque gostamos de sandes, sejam elas do que forem
27 - Porque gostamos de tremoços
28 - Porque inventámos expressões do género "cagar à caçador"
29 - Porque somos de modas, do género gastar um dinheirão numa BTT para andar com os amigos e passado umas semanas vendê-la por metade do preço porque aquilo não tem piada nenhuma
30 - Porque temos As Tardes da Júlia
31 - Porque temos as tascas
32 - Porque temos a ASAE
33 - Porque temos tascas que resistem à ASAE
34 - Porque temos emigrantes que vêm cá no Verão a falar estrangeiro e com penteados estranhos
35 - Porque achamos piada a autarcas corruptos
36 - Porque não achamos piada a autarcas corruptos
37 - Porque temos os DZRT, os 4Taste e as Just Girls
38 - Porque escolhemos actores não pelo talento mas sim pela aparência
39 - Porque temos muitos maus actores
40 - Porque gastamos balúrdios um novos aeroportos e temos hospitais a cair de podres
41 - Porque nos gabamos de já ter viajado para Espanha, Itália e Inglaterra mas nunca estivemos no Alentejo
42 - Porque temos o Francisco Louça
43 - Porque temos dois telemóveis
44 - Porque vivemos do rendimento mínimo só porque nos apetece
45 - Porque andamos de tshirt e fato-de-treino aos domingos

TVI 24 - A curiosidade

Hoje, apetece-me desabafar. "Mas desabafar sobre o quê?", pergunta afávelmente o caro leitor. "Desabafar sobre a crise económica mundial? Desabafar sobre os casos recentes de violência doméstica ou pornografia infantil? Desabafar sobre a humilhante derrota do Sporting?", continua o gentil leitor perguntando na ânsia de perceber o porquê da minha inquietação. "Não", respondo eu de forma veemente. Apetece-me desabafar sobre algo muito pior que tudo isso junto. O primeiro dia do TVI 24.


É hoje que a malta da TVI estreia a sua nova pérola. "Lançar o canal nesta altura é um acto de coragem", diz José Eduardo Moniz. Também meter os meus tintins em cima de uma mesa de bilhar com um jogo a decorrer o é e nem por isso me sinto tentado. A verdade é que a malta da TVI tem demasiadas... paneleirices para dar a conhecer ao país. Confesso que nunca gostei da TVI e das suas infelizes aventuras no ramo da informação nacional. Mas a partir do momento em que sexo dentro da casa do Big Brother é notícia, meus amigos, o canal consegue atingir um patamar de tristeza informativa demasiado elevado para ser ignorado. Uns anos depois, confirmaria a minha teoria com a notícia "E as Just Girls lançaram hoje o seu novo CD".


Na verdade, desde os espaços de informação, passando pelas Tardes da Júlia e pelas telenovelas super-hiper-putaquepariu-repetitivas, pouco ou nada se aproveita que consiga atingir os níveis mínimos de qualidade. Ah, e aquilo dos Casos da Vida, já me esquecia. Um verdadeiro mimo.


Voltando ao assunto central, o TVI 24, e aproveitando um pouco da sátira feita pelos Gato Fedorento a este mesmo novo canal, dou por mim a pensar. "Mas que raio de conteúdos vão eles arranjar para preencher tanto tempo de antena?" Começo a imaginar reportagens sobre uma mulher que abriu a torneira e não tinha água porque lha tinham cortado (escândalo), um homem que estava a fumar e o cigarro apagou (imprevisibilidade), um padre que gosta de futebol (heresia)... Aguardo com extrema curiosidade. Não pela falta de conteúdo para um canal do género, até porque a RTPN e a SIC Notícias têm feito um óptimo trabalho, mas pelo tipo e pela qualidade do conteúdo em si.

Português imita

Este ano, passei o feriado de Carnaval a trabalhar, mais propriamente fazendo imagens dos carnavais de Ovar e Estarreja. Meus amigos, cheguei à triste conclusão (ou antes à infeliz e definitiva confirmação) de que o Carnaval português é mesmo triste. Ele é carros alegóricos que mais parecem betoneiras cobertas com papel celofane, ele é gordalhufas brancas a sambar, ele é homens vestidos de mulher (isto é o pior), ele é figurantes alegremente semi-despidos a sambar ao ar livre com a belíssima e agradável temperatura de 16 graus. Enfim, toda uma panóplia de elementos que, mais do que provavelmente, levam os brasileiros à maior das risadas.

Mas Portugal é assim. O que é de fora é sempre melhor. É o Carnaval, que é, cada vez mais, uma imitação foleira do que se faz nas terras do samba em detrimento do nosso próprio carnaval e respectivas tradições, é o Halloween (um dia ainda me hão-de explicar qual é a piada disto), são as séries televisivas (alguém vê o Liberdade 21, na RTP? Vejam, por favor), são os talk-shows (lembro-me vagamente do Boca-a-boca, com o Carlos Moura, uma terrível imitação do Conan O'Brien e Jay Leno). Mas porquê? Recordo com saudade os tempos do Duarte e Companhia, do Vamos ao Circo, do carnaval onde as máscaras eram bem mais importantes do que o samba ou carros alegóricos, até mesmo os tempos em que o campeonato português de futebol era composto por portugueses.

E agora é o acordo ortográfico, que segundo consta vai entrar em vigor já no primeiro semestre do ano. Modernices...

O segundo post

Esta vida surpreende-nos constantemente. Há cerca de duas semanas estava eu em casa, afogado no tédio e completamente perdido nos meus pensamentos ligados à inutilidade da minha vida naquela altura quando, após duas horas de zapping mecânico, cheguei a duas conclusões. A primeira é que os cerca de 50 canais que tenho em casa não dão nada de jeito quando não temos nada pra fazer. Claro está que, caso estejamos com algo importante em mãos mas terrivelmente aborrecido, qualquer programa nos parece interessante, mesmo até aquelas rusgas policiais do Fox Crime. A segunda é que já estava na hora de preencher o meu tempo livre com algo que, com maior ou menor exigência, me ajudasse a ganhar algum ritmo e fluência de "trabalho". "Epá", pensei eu, "vou criar um blog para partilhar com o mundo toda este rol de emoções, sentimentos e experiências infelizes que gerem a vida de um recém-licenciado desempregado". E assim foi. Crio o blog, dou-lhe um nome, publico o primeiro post. Contemplo a minha obra orgulhoso, qual Picasso depois de uma pintadela na tela (nada de segundos sentidos). "Está bonito", pensei. É um facto, está bonito. Coço o nariz, ajeito o cabelo e fecho a janela do Internet Explorer, convencido que, em breve, lá voltaria para publicar um segundo post. Na inocência da minha pessoa, imaginava-me alegremente a actualizar o blog quase que diariamente, com experiências ou piadas, enfim, qualquer coisa.

Mas não.

Algures no meio desta aventura plena de emoção e acontecimentos interessantes (weee), arranjei emprego. Estão a ver aquela sensação que sentimos quando estamos meia hora à espera do autocarro e ele não aparece, puxamos dum cigarro, acendemos e lá vem ele, a dobrar a esquina, com os faróis apontados para nós como quem diz "então agora é que te lembraste de fumar?" Eu não fumo, mas imagino que seja uma sensação de alegria e plena satisfação microscopicamente afectada por uma pontinha de chatice.

E neste momento aqui estou, a trabalhar, ocupadíssimo mas feliz da vida. E se ainda não desisti disto é porque descobri que, afinal, há quem tenha interesse em ler as minhas parvoíces. Vamos andando e vamos vendo.

O começo

Li no outro dia numa revista masculina relativamente conceituada dentro do género (não convém dizer o nome por princípios publicitários, mas posso dizer que começa num F, acaba num M e tem um H no meio) que um blogue consiste, nada mais, nada menos, num, passo a citar, "vomitar de emoções, pensamentos e outras parvoíces, esperando comentários e citações de outros blogues. São como a poesia moderna: há mais gente interessada em escrevê-los do que em lê-los". Devo dizer que concordo. No entanto, não posso deixar de estabelecer uma certa comparação entre esta afirmação sobre os blogues e a prática do coito. Há muito mais gente interessada em praticar o coito do que em assistir à prática do mesmo, e, no entanto, isso não significa que não existam bons praticantes desse dito coito cujo desempenho seja merecedor da devida atenção. Na mesma linha de pensamento, mas por outro lado, caso o desempenho fique aquém das expectativas, a malta, uns mais outros menos, diverte-se na mesma.

Foi assente nestes princípios que me resolvi aventurar nesta coisa dos blogues. Por variadíssimas razões. Duas, mais precisamente. Primeiro porque, precisamente por haver mais gente interessada em lê-los do que em escrevê-los, já quase toda a gente tem um e eu não gosto de ficar atrás nestas coisas da moda, e depois porque sou português, entenda-se fala-barato por natureza, que se acha no direito de comentar e criticar tudo e todos, considera-se o maior e, no final de tudo, é simplesmente estúpido.