Para quando a próxima, Cuarón?

Considerado por muitos um génio do cinema moderno, Alfonso Cuarón é garantia de obra com qualidade e que nos prende ao ecrã do primeiro ao último minuto.

Nascido no México, a 28 de Novembro de 1961, Cuarón começou muito cedo nas lides das filmagens. Aos 12 anos recebeu a primeira câmera. Foi o ponto de partida. Estudou no Centro Universitário de Estudos Cinematográficos, do qual foi expulso devido a algumas controvérsias geradas pela curta-metragem que realizou.

Em Hollywood, Alfonso começou por dirigir alguns programas de televisão. O cinema veio mais tarde com a realização de Little Princess (1995) e Great Expectations (1998).

Dois anos depois voltou ao México, onde realizou Y tu mamá también (2001). A obra tornou-se num dos maiores sucessos do cinema mexicano e numa das mais notórias a nível mundial. Cuarón aparecia com maior evidência aos olhos do mundo.

Três anos mais tarde a Warner Brothers dá-lhe a oportunidade de realizar um blockbuster e põe-lhe em mãos a responsabilidade de um dos filmes da saga Harry Potter. O Prisioneiro de Azkaban. Cuarón não desiludiu.

Em 2006, o realizador mexicano confirma o génio. Children of Men é uma obra de arte. Um verdadeiro deleite visual e mental para quem gosta de bom cinema. Original, bem contado, bem filmado. A "uprising scene" (cena em que os personagens principais do filme atravessam um cenário de guerra num espaço de tempo de sete minutos e meio sem qualquer tipo de corte) é algo absolutamente delicioso, ao alcance de poucos. Ethan Alter, do FJI ("Film Journal International"), considerou o filme "representativo de um novo nível de artisticidade". Um dos muitos elogios por parte da crítica mundial.




Alfonso Cuarón não tem, propriamente, uma carreira muito extensa, nem tão pouco muito preenchida. Mas já diz o povo que mais vale poucos e bons do que muitos razoáveis. Cuarón, neste aspecto, não falha. Com obras como as que realizou até hoje, dá vontade de perguntar: Para quando a próxima, Cuarón?