Uma vénia ao Sr. Mayer

Hoje constatei que este gajo é Deus. E afirmo isto plenamente seguro da minha orientação sexual.

Pela pinta, pela classe, pela forma como pega na guitarra estilo ‘tou-me a cagar pra toda a gente’. Lindo!


Pela forma como domina o instrumento (ei!), é fácil perceber que não é um produto oco da extensa indústria musical norte-americana. Não é um boneco de plástico vendido caro pela embalagem bonita e pomposa, nem tem videoclips com gajas semi-nuas a abanar a prateleira em cima de tejadilhos de automóveis. John Mayer é qualidade. É música dos pés à cabeça. Desde o combinar de acordes simples e, ao mesmo tempo, tão ricos até à voz suave e detalhadamente afinada.

Mas John Mayer é isto e muito mais. É um don Juan à moda antiga, daqueles que não precisa ‘bater coro’ ou recorrer às palavras para dar nas vistas. É um pintarolas por si só. Um moço de ar simples que pegou numa guitarra eléctrica aos 13 anos e descobriu o blues através do mítico Stevie Ray Vaughan. Um moço que aos 19 anos desistiu da Berklee College of Music e se mandou para Atlanta, para escrever e tocar. Ganhou fama em cafés e bares da região. Subiu a pulso, conquistando cada degrau que ia subindo com a qualidade da sua música. É de valor.



Para a história, deixa hits como “Your body is a wonderland”, “Daughters” ou “Waiting on the world to change”, vencendo nos Grammys artistas como Elvis Costello, Josh Groban, Prince, Seal, James Blunt, John Legend, Britney Spears, Jay-Z, Paul McCartney ou Daniel Powter.

Sequioso por música, apaixonado por jazz e blues, colaborou com artistas como Buddy Guy, BB King, Eric Clapton ou Herbie Hancock.

Para um senhor de 33 anos, não deixa de ser, no mínimo, notável!